Nada muda, tudo é sempre a mesma merda. É com lágrimas nos olhos e a maquiagem borrada que começo esse texto. De alma, corpo e mente, não sei mais se vivo intensamente cada momento ou se só vejo as coisas passarem e não faço nada. Cada segundo sinto a dor de viver em um manicômio, ao redor de uma multidão sedenta por status e prazer, que não tem nada além disso como principal objetivo na vida. Os momentos em que estes loucos se dizem humanos puramente ingênuos, apreciadores dos bons valores e vítimas do festival de palhaçadas que sofremos dia após dia são na verdade uma simples fachada. Talvez se estivéssemos falando de alguns anos atrás, a situação seria oposta, porém este se tornou o estado 'normal' da humanidade. Criadores do seu próprio teatro, vestindo suas belas máscaras, saem pelas ruas atuando e manipulando, como se fossem os diretores. Mas já se viu direção de várias pessoas ao mesmo temo dar certo? Claro que não. E não é diferente: as coisas vão sempre errado, porém as cortinas tapam o a sujeira acumulada ao longo dos anos. Ela permanece lá, mas ninguém a vê.
O mais triste de tudo isso é ser obrigado a vestir a máscara e não ter opção de ser verdadeiro. Sim, sou um desses loucos, vivo neste manicômio e é extremamente decepcionante, mas eu não nego. Sou mais louca que alguns, menos do que outros.
O que eu gostaria que acontecesse é que eles se dessem conta de que no fim do dia todos precisamos descansar, escovar os dentes, deitar na cama e rezar a Deus pra que o próximo não seja tão infernal quanto este. E não há como negar: você acaba sendo você mesmo só quando está sozinho e, apesar do que se pensa, é menos sozinho quando isso acontece.
Nada muda, tudo é sempre a mesma merda. É com os olhos secos e a maquiagem ainda borrada que termino esse texto. Mas meu roteiro (infelizmente) não acaba por aqui.
sábado, 24 de abril de 2010
quarta-feira, 14 de abril de 2010
começo do fim
Um homem preocupado com uma cabeça preocupada
Ninguém em minha frente e nada atrás
Olho para o céu cor de safira
Estou bem vestido, esperando o último trem
Este lugar não está me ajudando nada
Estou na cidade errada, eu deveria estar em Hollywood
Por um segundo pensei ter visto alguma coisa se mover
sem atalhos, vou me vestir em trapos
só um tolo pensaria que tem algo a provar
Muita água passada por baixo da ponte, e muitas outras coisas também
Tenho tentado me distanciar de mim mesmo ao máximo
algumas coisas são quentes demais para que se possa tocar
a mente humana aguenta só um pouco
não se pode ganhar com cartas ruins
Tenho vontade de me apaixonar pela primeiro homem que encontrar
Empurrá-lo num barril pela rua abaixo
Você pode machucar alguém e nem saber
Os próximos 60 segundos poderiam ser como uma eternidade
Vou descer bem baixo, vou voar alto
Toda verdade no mundo, no fim amontoa uma grande mentira
Estou apaixonado por uma mulher que nem acho atraente
As pessoas estão loucas e os tempos estão estranhos
Estou encerrado em mim mesmo, fora de alcance
antes eu me importava, mas agora as coisas mudaram
(Dylan, B. - Things Have Changed)
Ninguém em minha frente e nada atrás
Olho para o céu cor de safira
Estou bem vestido, esperando o último trem
Este lugar não está me ajudando nada
Estou na cidade errada, eu deveria estar em Hollywood
Por um segundo pensei ter visto alguma coisa se mover
sem atalhos, vou me vestir em trapos
só um tolo pensaria que tem algo a provar
Muita água passada por baixo da ponte, e muitas outras coisas também
Tenho tentado me distanciar de mim mesmo ao máximo
algumas coisas são quentes demais para que se possa tocar
a mente humana aguenta só um pouco
não se pode ganhar com cartas ruins
Tenho vontade de me apaixonar pela primeiro homem que encontrar
Empurrá-lo num barril pela rua abaixo
Você pode machucar alguém e nem saber
Os próximos 60 segundos poderiam ser como uma eternidade
Vou descer bem baixo, vou voar alto
Toda verdade no mundo, no fim amontoa uma grande mentira
Estou apaixonado por uma mulher que nem acho atraente
As pessoas estão loucas e os tempos estão estranhos
Estou encerrado em mim mesmo, fora de alcance
antes eu me importava, mas agora as coisas mudaram
(Dylan, B. - Things Have Changed)
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